Atividade esgota vagas e mostra interesse da comunidade pela preservação histórica

O Laboratório Multidisciplinar de Investigação Arqueológica (Lâmina), da Universidade Federal de Pelotas (UFPel), abriu nesta semana as inscrições para uma visita guiada, marcada para esta sexta-feira (6). Voltada à comunidade, a atividade teve todas as vagas rapidamente preenchidas, revelando o crescente interesse por temas ligados à arqueologia, museologia e conservação patrimonial em Pelotas.

Durante o evento, participantes terão a oportunidade de conhecer de perto as práticas de ensino, pesquisa e extensão desenvolvidas no Lâmina, que atua na interface entre arqueologia, museologia e conservação de materiais arqueológicos.

Ensino, pesquisa e patrimônio arqueológico

O Lâmina é um dos poucos laboratórios no país com foco na conservação de materiais arqueológicos, sendo referência na formação prática de estudantes e na produção científica sobre o patrimônio da cidade. Entre os projetos em andamento, destaca-se o trabalho com o acervo arqueológico encontrado durante a restauração do Theatro Sete de Abril — fragmentos de louças, vidros e metais que contam a história da urbanização e dos modos de vida do passado.

A proposta da visita é aproximar a comunidade desse trabalho, reforçando a importância da preservação dos vestígios históricos e da memória local. “O laboratório propicia a formação acadêmica, mas também amplia o envolvimento da sociedade com o patrimônio cultural de Pelotas”, destacam os organizadores.

Formação prática e interdisciplinar

O Lâmina integra ainda a disciplina “Arqueologia e Acervos Museais”, aberta a estudantes de diversas áreas da UFPel, como Artes, Biologia, Química e Jornalismo. A proposta interdisciplinar amplia o conhecimento prático sobre conservação e museologia e oferece uma formação voltada para o trabalho com bens culturais e arqueológicos.

Entre os achados curiosos estudados estão antigos pinicos de louça decorada, encontrados durante as escavações no entorno do Theatro Sete de Abril. Esses fragmentos revelam aspectos da vida cotidiana do século XIX e reforçam a conexão de Pelotas com o comércio internacional da época.

Fonte: Universidade Federal de Pelotas (UFPel)

Imagem: Arquivo/UFPel