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RádioCom Acadêmico: projeto incentiva mulheres na engenharia e forma futuras líderes na UFPEL
Romper barreiras de gênero e ampliar a presença de mulheres nas áreas das ciências exatas ainda é um desafio constante. Mas esse cenário começa a mudar graças a iniciativas como o projeto Society of Women Engineers (SWE) da Universidade Federal de Pelotas (UFPEL), que busca acolher e capacitar jovens engenheiras, fortalecendo suas trajetórias acadêmicas e profissionais.
A proposta foi apresentada no programa Edição da Manhã, da RádioCom Pelotas, durante a segunda edição do RádioCom Acadêmico, com produção de Lorenzo Bonone. A entrevistada foi Gizele Gadotti, professora do curso de Engenharia Agrícola e coordenadora do SWE na UFPEL, que explicou a missão do grupo: incentivar meninas a permanecerem na engenharia e se enxergarem como futuras líderes.
Representatividade e apoio como pilares
Durante a entrevista, Gizele destacou que o projeto nasceu da iniciativa de uma ex-aluna estagiária na John Deere - multinacional que integra a rede internacional SWE. Inspirada pela experiência na empresa, ela trouxe a proposta para a universidade, e o grupo foi fundado em setembro de 2023.
“O nosso objetivo principal é mostrar para as meninas que elas pertencem à engenharia”, afirmou Gizele Gadotti. Segundo ela, o ambiente acadêmico das engenharias ainda é visto como frio e exigente, o que pode afastar mulheres, principalmente nos primeiros semestres. Por isso, o SWE UFPEL atua como um espaço de acolhimento e identificação: “Quando uma menina vê outra colega de mestrado ou doutorado, ela se inspira e entende que é possível continuar.”
Ações práticas e impactos visíveis
Atualmente, cerca de 15 a 20 alunas participam ativamente do projeto. A presença feminina varia conforme o curso: nas engenharias ambiental e de produção, a participação é equilibrada, mas em áreas como eletrônica e agrícola, as mulheres representam apenas cerca de 20% das turmas.
As ações do grupo incluem encontros quinzenais realizados no Conselho Regional de Engenharia e Agronomia (CREA), em Pelotas. Os encontros priorizam a troca de experiências e o fortalecimento emocional. “Não é um grupo de estudos. É um espaço para que elas se enxerguem, conversem e se apoiem”, destacou Gizele. A coordenadora também enfatizou a importância de desmistificar as dificuldades enfrentadas por todos os alunos no curso: “Rodar numa prova de cálculo ou física é normal. Isso não define ninguém.”
Conexões globais e futuro promissor
A UFPEL faz parte de uma rede ampla de universidades e empresas que integram a Society of Women Engineers. Um dos destaques é o evento regional da organização, que ocorrerá em setembro, em Campinas (SP), com presença confirmada de uma aluna da UFPEL. Além disso, as integrantes têm acesso à plataforma online da SWE, que oferece cursos e mentorias internacionais.
Outro ponto importante é o foco em meninas do ensino fundamental e médio. “Queremos mostrar para alunas do 9º ano que as áreas de exatas também são para elas”, explicou Gizele. Com isso, o projeto pretende atuar na base, incentivando vocações desde cedo e ampliando a diversidade nas ciências e engenharias.
Serviço
Nome do projeto: SWE UFPEL – Society of Women Engineers
Atividades: Encontros quinzenais e ações de integração e formação para alunas da UFPEL
Dia e horário: Quintas-feiras (quinzenalmente)
Local: Conselho Regional de Engenharia e Agronomia (CREA) – Rua Gonçalves Chaves, 452, Pelotas
Descrição: Espaço de acolhimento, incentivo à permanência na engenharia e construção de redes de apoio
Contato: Instagram @swe.ufpel ou presencialmente no CENG ou nas reuniões no CREA
Confira a entrevista completa no canal da RádioCom Pelotas no YouTube.
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