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Projeto-piloto que apoia crianças pequenas em situação de vulnerabilidade vai ganhar escala nacional

Projeto-piloto que apoia crianças pequenas em situação de vulnerabilidade vai ganhar escala nacional

Programa desenvolvido em escolas e postos de saúde do Fragata mostra resultados e será expandido para outros municípios

Um projeto criado em Pelotas para apoiar o desenvolvimento de crianças pequenas em situação de vulnerabilidade está prestes a ganhar o país. O Programa de Atenção Precoce na Infância (Proapi), que começou no ano passado em escolas e postos de saúde do Fragata, deverá ser levado para outros municípios brasileiros com apoio do Ministério da Educação.

A proposta foi apresentada nesta quarta-feira (14) durante o Seminário Nacional do Proapi, realizado no Hotel Jacques Georges, com a presença de profissionais das áreas de educação, saúde e assistência social. O encontro discutiu como adaptar o modelo para diferentes realidades e ampliar o alcance das ações.

Apoio desde os primeiros anos

O Proapi atende hoje 85 crianças, oferecendo suporte desde a educação infantil até a atenção básica em saúde. O foco está em crianças com deficiência ou em situação de vulnerabilidade, que precisam de um olhar mais atento nos primeiros anos de vida.

O diferencial do programa é atuar de forma integrada: escola, posto de saúde, família e outros serviços trabalham juntos para garantir uma infância mais protegida e inclusiva. As ações são planejadas com base no cotidiano das crianças e no fortalecimento de vínculos, com formação para os profissionais envolvidos.

"O que a gente faz agora muda o futuro"

Os depoimentos no seminário reforçaram a importância de investir na infância como prioridade. “Se a gente cuida bem dos primeiros anos, a escola funciona melhor e a sociedade inteira ganha”, afirmou Maristela Guasselli, da União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime).

O representante do MEC, Francisco Mapurunga, apresentou dados que mostram o aumento das matrículas de crianças com deficiência na educação infantil e destacou a urgência de fortalecer o atendimento especializado. “A inclusão começa desde cedo. O que a gente faz agora muda o futuro das crianças.”

De Pelotas para o Brasil

A coordenadora do Proapi na UFPel, professora Rita Cóssio, contou que o projeto já está sendo ampliado para mais escolas, agora no bairro Três Vendas. A ideia é que a metodologia criada aqui seja adotada em outros lugares do país — com o mesmo compromisso de respeitar o tempo e as necessidades de cada criança.

“O que a gente faz é formar redes. A criança não é só da escola ou só da saúde — ela está no mundo, está na família, precisa ser vista inteira”, resumiu a professora.


Fonte: Universidade Federal de Pelotas (UFPel)

Imagem: Kátia Helena Dias – CCS/UFPel


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