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“Pelo visto, teremos que fazer tudo de novo”: Morador da Z3 alega falta de ajuda das autoridades à comunidade atingida pelas cheias

“Pelo visto, teremos que fazer tudo de novo”: Morador da Z3 alega falta de ajuda das autoridades à comunidade atingida pelas cheias

Na manhã desta terça-feira, o Contraponto contou com a participação de Alexsander Carvalhal, morador da colônia Z3 que entrou em contato com a rádio para relatar a atual situação das inundações em sua região. Em entrada ao vivo, Alexsander mostrou o estado da comunidade do Cedrinho, já totalmente tomada pela água há 5 dias.

Com as cheias na Z3, ressurge a necessidade de uma estrutura adequada para realizar a retirada da população que se encontra em situação de risco e precisa sair de casa. Segundo o morador, um dos líderes da mobilização pelas ações durante as cheias ocorridas em setembro, a prefeita Paula Mascarenhas declarou em sua última visita à região que o trabalho pelo resgate das pessoas que tiveram suas casas alagadas “não era mais do que uma obrigação” da comunidade.

“Tem gente querendo sair de casa e não temos um caminhão da prefeitura, da defesa civil. Não estão fazendo nada por ninguém. Pelo visto seremos nós (população) que teremos que fazer tudo de novo”, disse Alexsander.

Alguns moradores relataram ter visto o coordenador da Defesa Civil em Pelotas, Fernando Bizarro, em visita à Z3 no último domingo. Por outro lado, eles avaliam que não houve uma atuação efetiva do poder público para solucionar o problema.

Relatos da comunidade indicam que, para o poder público, a retirada dos pertences dos moradores compete à própria comunidade. A prefeitura só se comprometeu com o translado de pessoas. Para uma população já sofrida como a dos pescadores e pescadoras, essa restrição é entendida como descaso - e também como uma nova indignidade.

Antônio Carlos, morador da região do Cedrinho, mostrou a situação de sua casa, já atingida pelo alto nível da água. “O que queremos para nossa vila é um dique de contenção. Se fizerem um dique na ponte, a água da lagoa não vai entrar na nossa rua”, afirmou em participação no Contraponto.

No momento, os moradores se encontram em reunião com a Secretaria Municipal de Assistência Social. A RádioCom acompanhará os possíveis desdobramentos para atualizar as informações


Texto: Luis Collat e Clarissa Henning


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