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Nota do Conselho Municipal da Educação de Pelotas em defesa da vida

Nota do Conselho Municipal da Educação de Pelotas em defesa da vida

O Conselho Municipal da Educação de Pelotas vem se posicionar em defesa da vida e contra o retorno às aulas presenciais no atual estágio de evolução da pandemia em Pelotas, no Rio Grande do Sul e no Brasil. É amplamente divulgada pelos veículos de comunicação a situação de calamidade que se enfrenta com o avanço descontrolado do número de mortos devido à contaminação pelo coronavírus, o que coloca não apenas os trabalhadores da educação em estado de alerta, mas todo o conjunto de comunidades
escolares, preocupadas com os riscos inerentes a possíveis rumos pontados para a Educação.

Dentre os agravantes, tanto no campo da Saúde, quanto no campo da Educação, se pode elencar a saturação do sistema de saúde motivada, em grande medida, pela Emenda Constitucional 95, que congelou investimentos em áreas primordiais do serviço público.
A ausência de uma política nacional de combate à pandemia, que trate de forma organizada e eficaz os problemas relacionados ao coronavírus e seus impactos, em várias dimensões da vida em sociedade, agrava ainda mais essa situação. A histórica precariedade dos espaços escolares que, em muitos casos, falham em oferecer as condições adequadas, para o desenvolvimento das atividades, sem o risco de contaminação, também torna a problemática da volta às aulas uma ameaça à vida de trabalhadores da educação, famílias e estudantes. Ainda sem esquecer as condições que
são impostas, tanto a trabalhadores quanto a estudantes, no deslocamento em transportes públicos, verdadeiros nichos de contaminação pelo vírus, dada sua constante superlotação. Diante do exposto torna-se insustentável a abertura de escolas para qualquer fim e em qualquer medida.

Neste sentido, o Conselho Municipal de Educação de Pelotas, numa posição
incondicional em defesa da vida, acredita que a responsabilidade da Escola em proteger seus entes é fundamental diante da atual situação, e repudia quaisquer tentativas de transformar instituições escolares em vetores potencializados na transmissão do vírus, como as advindas por conta do estabelecimento da essencialidade da Educação neste momento. É necessária a construção de um ambiente de segurança sanitária, em que
nenhuma vida seja posta em risco e que se possa desenvolver o processo educativo com a qualidade que lhe é inerente. Para isso, a busca pela vacinação da população, além de uma urgência educativa, atende ao conjunto da sociedade pelotense, gaúcha e brasileira, e é condição imprescindível para um retorno seguro às aulas.

O maior ato educativo que se pode promover é a garantia da vida. Por isso a posição deste conselho é em defesa da vida e contra o retorno às aulas presenciais.

Fonte: Assessoria de Imprensa - Conselho Municipal da Educação

Foto: Assessoria de Imprensa - Conselho Municipal da Educação


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