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Município articula reconstrução com apoio federal após enchentes agravarem vulnerabilidade estrutural

Município articula reconstrução com apoio federal após enchentes agravarem vulnerabilidade estrutural

Secretário nacional da Defesa Civil percorre áreas críticas e discute liberação de recursos para reforço da infraestrutura urbana


Com estruturas fragilizadas e comunidades inteiras ainda enfrentando os impactos das enchentes históricas de 2023 e 2024, Pelotas tenta se reerguer apostando em parcerias com o governo federal. Na última terça-feira (24), o município recebeu a visita do secretário nacional de Proteção e Defesa Civil, Wolnei Wolff, para uma série de vistorias em regiões estratégicas do sistema de contenção contra cheias — parte de um esforço mais amplo para garantir investimentos na recuperação e adaptação da cidade às mudanças climáticas.

A agenda, conduzida pelo prefeito Fernando Marroni (PT), incluiu visitas à Estrada do Engenho, à casa de bombas Leste, ao canal Santa Bárbara, ao balneário Valverde, ao Pontal da Barra e à Colônia Z3 — uma das comunidades mais afetadas pelas recentes enchentes, que ainda enfrenta riscos de inundações periódicas e instabilidade nas estruturas de contenção.

Diagnóstico e recursos

Acompanhado por técnicos da Defesa Civil municipal e pelo diretor do Departamento de Obras de Proteção e Defesa Civil (DOP), engenheiro Paulo Falcão, o secretário Wolff ressaltou a urgência da elaboração de projetos com fundamentação técnica para que o município possa acessar recursos da União.

“O Rio Grande do Sul encontra-se em reconstrução após as enchentes do ano passado. Através do prefeito Marroni, tomamos conhecimento de problemas enfrentados por comunidades de trabalhadores em Pelotas. Nos comprometemos com o máximo esforço da Defesa Civil para viabilizar a inscrição de projetos e contemplar o município com recursos para a recuperação de estruturas como os molhes da Z3”, afirmou Wolff, destacando que a destinação de verbas está condicionada à apresentação de planos viáveis, compatíveis com os critérios do Sistema Nacional de Proteção e Defesa Civil.

As recentes catástrofes climáticas evidenciaram falhas estruturais históricas no sistema de drenagem e contenção de cheias de Pelotas. A cidade, que possui extensa área costeira e bacias hidrográficas vulneráveis, tem enfrentado dificuldades crescentes para lidar com volumes intensos de chuva e com a elevação do nível da lagoa dos Patos — o que compromete diretamente comunidades ribeirinhas e regiões periféricas.

Pelotas 4M

Na tentativa de consolidar essa agenda, o governo municipal lançou recentemente o programa Pelotas 4M, que propõe uma “reconstrução inteligente” com foco em planejamento estratégico, justiça social e sustentabilidade. O nome faz referência à cota de 4 metros de altura dos diques que protegem a cidade, simbolizando a meta de resiliência a ser alcançada.

“O Pelotas 4M representa um passo decisivo para enfrentarmos com responsabilidade os efeitos da crise climática. Nosso compromisso é com uma reconstrução planejada, transparente e que inclua as comunidades mais afetadas”, disse o prefeito Marroni, durante o encontro com o secretário.

O programa prevê ainda a realização de audiências públicas, diagnósticos técnicos em colaboração com universidades e a priorização de ações em bairros vulneráveis. A expectativa é que as primeiras propostas técnicas sejam entregues ao governo federal ainda no segundo semestre de 2025.


Fonte: Prefeitura de Pelotas

Imagem: Volmer Perez/Secom


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