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Eduardo Leite anuncia proposta de privatização da Corsan

Eduardo Leite anuncia proposta de privatização da Corsan

O governador Eduardo Leite (PSDB) anunciou, nesta quinta-feira (18), a proposta de privatização da Companhia Rio Grandense de Saneamento (Corsan). O governo pretende abrir o capital da empresa na Bolsa de Valores e vender 70% do controle acionário da Corsan. Segundo Leite, o objetivo é preparar a empresa para cumprir as novas exigências do Marco Legal do Saneamento. Com a privatização, o governo espera ampliar a capacidade financeira da empresa para ter capacidade de investir R$ 10 bilhões, valor projetado pelo Executivo para atingir as metas previstas até 2033 no novo marco regulatório.

A Corsan tem hoje 317 contratos com municípios gaúchos. Leite diz que a companhia não tem capacidade de triplicar o investimento no valor necessário para cumprir as metas do Marco Legal do Saneamento e, com isso, a empresa correrá o risco de perder os contratos com os municípios e, consequentemente, ficar sem receita. “Com as metas não sendo cumpridas, fatalmente veremos municípios rompendo contratos e buscando outra empresa pra prestar o serviço”, justificou o governador.

Para que a Corsan seja privatizada, o governo do Estado vai atuar para a aprovação da Proposta de Emenda Constitucional (PEC) que tramita na Assembleia para retirar a obrigatoriedade de plebiscito para venda de controle de empresas públicas. A aprovação da PEC pode também abrir caminho para uma futura privatização do Banrisul. Leite defendeu a aprovação da PEC por entender que a sociedade não tem condições de opinar sobre um tema complexo e que os deputados estaduais estão mais preparados para isso. “O plebiscito não é apropriado porque chama 11 milhões de gaúchos que não estão apropriados dos valores pra tomar a decisão.”

Leite recordou que durante a campanha eleitoral, em 2018, defendeu a não privatização da Corsan, porém, justificou a mudança de opinião com a aprovação do novo marco do saneamento. “Mudou a regra do jogo e é preciso mudar de posição. A Corsan não tem capacidade própria de caixa e o Estado não tem capacidade de aporte para cumprir as metas estabelecidas até 2033”, afirmou.

Fonte: Sul 21

Imagem: Sul 21


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