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Edição da Manhã: contratos emergenciais garantem continuidade do SAMU em Pelotas

Edição da Manhã: contratos emergenciais garantem continuidade do SAMU em Pelotas

O temor de uma paralisação nos atendimentos do SAMU em Pelotas causou apreensão na última semana. A possibilidade foi levantada diante da necessidade de renovação de contratos emergenciais com profissionais da área, fundamentais para o funcionamento do serviço de urgência e emergência. Felizmente, o impasse foi superado com a aprovação de uma nova legislação pela Câmara de Vereadores.

Durante entrevista ao programa Edição da Manhã, Marcelo Rodrigues da Rosa, diretor da Rede de Urgência e Emergência de Pelotas, detalhou o processo de contratação dos profissionais e ressaltou a importância dos contratos emergenciais para manter a estrutura do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência ativa e operante na cidade.

Seleção e formação dos profissionais

Marcelo explicou que a seleção para os contratos emergenciais segue critérios rigorosos. Telefonistas Auxiliares de Regulação Médica (TARM) e rádio-operadores devem possuir curso de urgência e emergência, e a experiência prévia na função é um diferencial importante. Para os condutores de ambulância, são exigidos cursos como Atendimento Pré-Hospitalar (APH), Básico de Suporte de Vida (BLS) e o curso de condutor de urgência e emergência.

Os currículos dos candidatos são avaliados por uma comissão, que realiza uma pontuação e estabelece a ordem de chamada para contratação. "A experiência pesa bastante. Quem já atuou no SAMU tem vantagem pela familiaridade com o serviço", destacou o diretor.

Marcelo também mencionou que parte dos profissionais concursados da prefeitura podem migrar para o SAMU, desde que tenha a qualificação necessária. No entanto, muitos cargos, como os de TARM e rádio-operador, ainda não existem oficialmente no quadro do município, o que impede a realização de concursos para essas funções.

Estrutura regional e atendimento

O SAMU de Pelotas é responsável pela regulação de urgências não apenas no município, mas também em outras 11 cidades da região. A central de regulação recebe as chamadas e coordena os atendimentos locais com base em protocolos definidos pelo SAMU estadual, mas com gestão própria.

Cada cidade possui sua própria ambulância e equipe, mas todas as chamadas para o 192 são direcionadas para a central de Pelotas. A partir da triagem inicial, o médico regulador define o tipo de atendimento necessário e aciona a unidade mais adequada.

"Não é um serviço apenas municipal, é regional. A verba para as equipes e estruturas locais é destinada diretamente aos municípios, mas a regulação médica parte de Pelotas", explicou Marcelo.

Agilidade e desafios no atendimento

A base de Pelotas conta com uma ambulância de suporte avançado, três de suporte básico e duas motos. Estas últimas são operadas por técnicos de enfermagem e condutores treinados, com a função de agilizar o atendimento inicial, especialmente em situações de trânsito intenso ou em locais de difícil acesso.

"A motolância permite um primeiro atendimento mais rápido. Ela não faz transporte, mas estabiliza o paciente até a chegada da ambulância", explicou. O diretor também comentou que a demanda é alta e muitas vezes é preciso aguardar a liberação de viaturas. Ainda assim, o médico regulador pode orientar o solicitante por telefone até a chegada do socorro.

A população deve fornecer o máximo de informações no momento da chamada para facilitar a triagem e agilizar o envio adequado de recursos. "Às vezes o solicitante está nervoso, mas é essencial relatar o histórico e os sintomas do paciente com clareza", alertou.

Estatísticas e futuro do serviço

Marcelo informou que os acidentes de trânsito, especialmente envolvendo motociclistas, lideram as ocorrências atendidas pelo SAMU. Durante o inverno, aumentam os casos de insuficiência respiratória e doenças agravadas por condições climáticas.

A estrutura atual atende aos padrões definidos pelo Ministério da Saúde, considerando a população do município. Contudo, a expectativa é de reforço na frota, com a aquisição de novas motolâncias por meio de emendas parlamentares.

Com a inauguração prevista do novo Hospital de Pronto-Socorro (HPS) até o fim do ano, a tendência é que o atendimento do SAMU ganhe mais suporte e agilidade. A nova base do serviço já está localizada no complexo do HPS, o que deve facilitar a logística de atendimento e a integração entre as equipes de urgência.

Confira a entrevista completa no canal da RádioCom Pelotas no YouTube.



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