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Docentes concluem que resposta da reitoria da UFPel não contempla as necessidades da categoria

Docentes concluem que resposta da reitoria da UFPel não contempla as necessidades da categoria

Docentes da UFPel e do IFSul-CaVG estiveram reunidos virtualmente, no final da tarde desta terça-feira (9), em Assembleia Geral (AG) Permanente da ADUFPel, para dar continuidade ao debate das pautas iniciado no encontro anterior, que envolve o ofício de demandas da categoria, eleições da Seção Sindical e escolha de Delegado/a e Observadores para o 11º Conad Extraordinário. 

O primeiro ponto tratou do ofício encaminhado pela reitoria da UFPel em resposta ao documento de demandas protocolado pela diretoria da ADUFPel ainda em dezembro de 2020 e reiterado este ano. O documento englobava reivindicações em relação ao conjunto de garantias e direitos que devem nortear e pautar o trabalho docente durante o período de Ensino Remoto Emergencial (ERE). 

As implicações do ERE têm sido objeto de preocupação desde que foi implementado o primeiro calendário acadêmico alternativo, por conta da pandemia. A partir de então, um cenário de incertezas e dificuldades, que até o momento não foram solucionadas ou dialogadas, rondam professores e professoras. 

Estas incertezas foram reforçadas durante as intervenções, ocorridas após a leitura das respostas da reitoria pela presidente da ADUFPel, Celeste Pereira. As falas apontaram, de forma geral, que o documento não contempla as necessidades apresentadas. 

Docentes demonstraram-se apreensivos com o despreparo da instituição em relação à forma como o ensino remoto tem se desenvolvido e indicaram uma série de questões que os afligem, entre elas as condições precárias de trabalho e a condução de todo o processo. 

Ainda, há dúvidas sobre as definições e discussões do calendário, que até o momento tem sido debatido apenas dentro das instâncias superiores, controladas pela administração da Universidade. Diante disso, a categoria enfatizou, mais uma vez, a importância de espaço para discussão e avaliação de toda a comunidade acadêmica.  

Retorno presencial

Ao abordarem a possibilidade de retorno presencial, docentes reforçaram que qualquer decisão acerca do assunto seja tomada com embasamento científico. Defenderam que a reitoria retire qualquer previsão de retorno presencial próxima, antes de uma avaliação periódica e de diálogo. 

A presidente da ADUFPel, Celeste Pereira, informou que a diretoria da já está em contato com o ASUFPel-Sindicato e o DCE, conforme deliberação da última AG, para articular a mobilização em resistência às imposições da administração da Universidade e frisou o posicionamento da diretoria frente ao retorno presencial.

“A gente está vivendo um colapso do sistema que não se resolve de um dia para o outro. Em que pese ter acontecido aumento de leitos de UTI no município, nós enfrentamos ainda falta de equipamentos e de profissionais. Cabe ressaltar, também, que o fato de algumas pessoas já terem sido vacinadas, em especial as da área da saúde, por si só não dá conta da proteção da comunidade e não garante um ambiente menos propício para a transmissão do vírus. É importante nos colocarmos contra o retorno presencial nessas condições”, salientou. 

Além do que foi apresentado pelos docentes e pela diretoria, o Conselho de Representantes da Seção Sindical também posicionou-se sobre a questão. Segundo fala do coordenador Renato Waldemarin, o CR debateu o assunto nesta segunda-feira (8) e, amparado por relatos de professores, informou que há insatisfação por grande parte da categoria tanto em relação ao calendário quanto ao retorno presencial, embora alguns não se sintam à vontade para levantar sua voz. Ainda, destacou que, caso se materializem as aulas presenciais, todos estarão em risco. 

Encaminhamentos 

Por ampla maioria, com apenas uma abstenção, foi deliberado, acerca do documento de demandas, que a resposta da reitoria não dá conta das necessidades, inclusive não apresenta garantias jurídicas que impeçam a gravação das aulas por outros mecanismos. 

Além disso, os docentes irão solicitar a ampliação do diálogo antes que sejam tomadas quaisquer decisões enquanto durar a pandemia, envolvendo as condições de trabalho - que já eram e permanecem precárias - e de vida da comunidade, e exigir que a perspectiva de retorno presencial seja anulada. Por fim, irão manter no horizonte a construção da greve sanitária. 

Eleição ADUFPel

Conforme determinação regimental, as eleições da ADUFPel devem ser bianuais e  ocorrer no mês de maio, com a publicação do edital de convocação até o final de março. Por conta do período pandêmico, o assunto foi colocado em discussão para ratificação do processo. 

Segundo Pereira, a diretoria já vem conversando sobre o método e comunicou que a construção do edital está em curso e em seguida será constituída a comissão eleitoral. “É um desafio e a diretoria tem se colocado à disposição para ajudar neste processo, entendendo que ele precisa ser efetivado, mas sem nos tirar da responsabilidade de tocar a nossa tarefa política até a data da posse da nova gestão”. 

11º CONAD Extraordinário

A AG também escolheu os delegados e observadores que irão representar a ADUFPel no 11º Conad Extraordinário do ANDES-SN, que terá como tema central “Em defesa da vida, dos serviços públicos e da democracia e autonomia do ANDES-SN” e deverá abordar também a realização do próximo Congresso. Celeste Pereira foi escolhida como delegada, e Renato Waldemarin e Miriam Alves como observadores/suplentes.

Fonte: Assessoria ADUFPel

Imagem: ADUFPEL


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