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Critérios de qualidade passam a orientar obras viárias após histórico de pavimentação frágil

Critérios de qualidade passam a orientar obras viárias após histórico de pavimentação frágil

Gestão afirma que foco agora é na durabilidade das obras, com aplicação de critérios técnicos e investimentos específicos

A Prefeitura de Pelotas afirma ter iniciado um novo ciclo na pavimentação das vias urbanas, com foco na durabilidade e na qualidade técnica das obras, especialmente nos trajetos de linhas de ônibus. As ações recentes envolvem a correção de projetos antigos, ampliação da espessura do asfalto e exigência de critérios adequados para o tráfego pesado.

Entre os exemplos citados pela gestão está a avenida Fernando Osório, uma das mais movimentadas da cidade, onde o contrato original previa uma camada de asfalto considerada insuficiente. Segundo a Prefeitura, o projeto foi corrigido com aumento da espessura para garantir mais resistência. A travessa do IFSul, acesso importante à BR-392, também foi completamente refeita, após anos em que o tapa-buracos já não era mais viável.

“Não dá para refazer ruas a cada três anos”, diz prefeito

De acordo com o prefeito Fernando Marroni, a mudança de estratégia busca inverter uma lógica antiga que priorizava extensão de obras em vez de qualidade. “São legítimas as reclamações da comunidade. Nosso compromisso agora é com a durabilidade. Não podemos refazer todas as vias públicas a cada três ou quatro anos”, afirmou.

A avaliação é compartilhada pelo secretário de Obras, Rogério Salazar. “Historicamente, em muitas obras de maior porte, não se respeitava o mínimo técnico, como a espessura da camada asfáltica, que deve ter pelo menos 5 cm”, explicou. Segundo ele, cada pavimento precisa ser dimensionado conforme o tipo de tráfego e as condições do solo.

Drenagem deficiente acelera degradação

O secretário de Urbanismo, Otávio Peres, reforça que muitos dos problemas estruturais nas ruas têm origem no colapso do sistema de drenagem urbana. “Temos sedimentos acumulados nos canais de macrodrenagem e redes de microdrenagem obstruídas. Isso intensifica os alagamentos e acelera a deterioração do asfalto”, explicou.

Peres também critica decisões anteriores que, segundo ele, priorizaram obras extensas, mas de baixa qualidade. Como exemplo, citou a rua Lobo da Costa, na esquina com a General Osório, onde uma obra recente apresenta descolamento da camada asfáltica sobre pedras de granito.

Investimentos e critérios técnicos

As obras atuais seguem novas diretrizes que incluem limpeza prévia da pista, pintura de ligação, controle da temperatura da massa asfáltica, compactação adequada e cálculo preciso da espessura e número de camadas. A Prefeitura também tenta captar recursos externos para ampliar as ações, por meio do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e outras fontes.

O investimento na requalificação da avenida Fernando Osório, por exemplo, é de cerca de R$ 20 milhões. Segundo a gestão, não é admissível que uma obra com esse custo tenha vida útil inferior a 10 ou 15 anos.


Fonte: Prefeitura de Pelotas

Imagem: Divulgação


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