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Casamentos homoafetivos atingiram recorde em 2022, segundo IBGE

Casamentos homoafetivos atingiram recorde em 2022, segundo IBGE

O número de casamentos civis entre pessoas do mesmo sexo no Brasil atingiu o maior patamar da história em 2022. Segundo dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o total de matrimônios homoafetivos ficou acima de 11 mil.

Na comparação com 2021, o resultado aumentou quase 20%. As uniões firmadas em 2022 também estão acima dos números observados em 2018 (9,5 mil) e 2019 (9 mil). Nesses dois anos, o país viveu uma escalada de casamentos entre pessoas LGBT, após a vitória do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) nas eleições.

Os registros mais recentes apresentados pelo IBGE são os mais expressivos desde 2013. Na ocasião, o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) determinou que nenhum cartório em território nacional poderia recusar a celebração de casamentos entre pessoas do mesmo sexo ou a conversão de uniões estáveis em matrimônios.

Segundo os dados de 2022, as uniões entre mulheres chegaram a 6,6 mil e entre homens a 4,3 mil. No entanto, o público feminino teve uma variação menor na comparação com 2021. O índice foi de 18,4%. Já os matrimônios masculinos subiram 21,9%.

Informações dos cartórios brasileiros, divulgadas no ano passado, apontam que os casamentos homoafetivos cresceram quatro vezes entre 2013 e 2023. Mais de 76 mil celebrações foram realizadas, 56% entre casais femininos e 44% delas entre casais masculinos.

No primeiro ano de vigência da decisão do CNJ, 3.700 casais do mesmo sexo oficializaram a união. Esse número apresentou crescimento nos anos seguintes e atingiu recordes até então em 2018 e 2019.

Em 2019, primeiro ano da gestão de Jair Bolsonaro (PL), o total de celebrações também ficou acima de 9 mil. A pandemia do coronavírus trouxe retração nas cerimônias, que chegaram a 6,4 mil em 2020.

Casamentos e divórcios

O total de casamentos civis registrados em 2022 no Brasil aumentou 4% na comparação com 2021 e chegou a 970 mil. No entanto, permaneceram abaixo da média calculada de 2015 a 2019. Nesse período, o Brasil já vivia tendência de queda na realização de matrimônios, mas nunca apresentou patamar inferior a 1 milhão.

Em 2020, as celebrações despencaram 26,1% e somaram 757 mil. Segundo o IBGE, foi a maior queda da série histórica. Nos dois anos seguintes, os números voltaram a crescer, mas seguiram inferiores aos registrados nos cinco anos anteriores à pandemia da covid-19.

A idade média do casamento para homens é de 31 anos e para as mulheres de 29 anos. O dado indica que brasileiros e brasileiras estão esperando mais para celebrar o matrimônio civil. Em 2010 a média masculina era de 29 aos e feminina de 26 anos.

Ainda de acordo com a pesquisa, o número de divórcios chegou a 420 mil no ano de 2022. Quase metade desses processos (47%) ocorreu em casamentos com menos de dez anos. Matrimônios com até 19 anos responderam por 25% dos divórcios e com 20 anos ou mais por 26%.

Em 54% dos casos, os casais que optaram por encerrar o casamento tinham filhos ou filhas menores de idade. A guarda das crianças e adolescentes ficou com as mães em 50% das situações, foi compartilhada em 37,8% dos divórcios e ficou com os pais em 3% deles. 

Fonte: Brasil de Fato


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