Fechado desde março de 2010, sob pretexto de consertar infiltrações no telhado em dezembro de 2012…sob pressão do AMASETE ( Amigos do Teatro Sete de Abril ) – grupo fundado para lutar e acompanhar o andamento das coisas – em agosto, as obras seriam iniciadas em setembro de 2013, quando foi anunciada necessidade de refazer o projeto por exigência dos bombeiros.
A obra do telhado acaba sendo entregue em outubro de 2014, quando foi divulgado o resultado da licitação para o novo projeto que sofreu várias readequações ao largo de quatro anos. Em dezembro de 2018, novo compromisso da prefeitura. Mas a nova licitação não ocorreu.
O AMASETE permanece em luta com reuniões e tais. Mas algumas promessas de novo não saem do papel. No momento, o AMASETE prepara uma surpresa no sentido de recontar a história do teatro.
As informações e a triste saga do descaso com relação ao 7 de Abril foram repassadas por Haroldo de Campos, produtor musical e agitador cultural inclusive em relação ao AMASETE.
Desnecessário lembrar a tremenda importância da questão cultural. Afinal, o modo de posicionar-se frente ao mundo, hábitos transmitidos, o contar histórias, o imaginário, a dança, a pintura, os valores, a expressão, o cantar o mundo – entre outras tantas manifestações, revelam o cenário cultural dos povos.
Por isso mesmo, o criminoso e perigoso processo pelo qual se dá em alguma medida o apagamento de rastros culturais dos povos traz como consequência a descaracterização desses mesmos povos – que já não de reconhecem mais, e vão se fragilizando…
Estaremos sempre atentos: o excelente, histórico e acolhedor Teatro 7 de Abril é da comunidade pelotense. E também por ele seguiremos lutando…Viva o Sete – templo sagrado do povo.
Por Álvaro Barcellos
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